Feira Terras do Lince, uma amostra cultural
Olá!
Desta vez decidimos ir ao nosso «bairrismo» e falar do evento que ocorreu este fim de semana, em Penamacor – a Feira Terras do Lince. Este evento já tem várias edições e funciona sob o modelo de amostra cultura e gastronómica, em que cada cubículo é representado por um/a ou vários/as artesãos/ãs. A Feira estendeu-se entre 29 e 31 de julho.
Economicamente falando
Em termos económicos, este evento tem um forte impacto na economia local, traduzindo-se em folgo e alento para os/as empresários/as a operar nestes territórios de baixa densidade. O verão é sempre um período simpático para a economia local e para um setor que depende do turismo e de quem visita a região. Contudo, o levantamento das restrições relativas à COVID-19, o novo «normal» tem sido um retorno aos velhos hábitos, em especial, voltar a fazer férias no litoral. Não estamos a julgar, mas apenas a constatar um facto. Por outro lado, as temperaturas elevadas que se têm sentido, as constantes vagas de calor com temperaturas a superar os 40 graus celsius e o risco elevado (muito elevado e máximo) de incêndios, são também argumentos legítimos para quem procura a frescura da brisa marítima (e nós conhecemo-la bem).
Culturalmente falando
No campo cultura, a Feira Terras do Lince mostra e demonstra o que se faz neste território da raia e revitaliza um pouco o espectro cultural da vila. Por um lado, serve de amostra e ponto de venda dos trabalhos dos/as artesãos/ãs a quem visita a Feira, por outro, é uma autêntica tentação à gastronomia que oferece. Além dos habituais expositores com churros, produtos apícolas e regionais, entre outros, também se contou com novos elementos que enriqueceram o elenco da Feira, com uma cozinha mais tradicional nos seus preparados. Além destes, houve também espaços dedicados às instituições, como a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) e da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).
A Feira contou também com animação de rua, visitas guiadas e encenadas ao ex-Quartel Militar de Penamacor. A viagem arrancou desde as origens do Real Hospital Militar da Ordem de S. João de Deus, à adaptação do equipamento a Quartel militar até à sua extinção e com nova readaptação do edifício para albergar os serviços técnicos locais. A visita terminou no atual Jardim da República, enquanto estrutura associada ao antigo Quartel.
Espaço musical
Além da animação de rua, houve também a presença de artistas com nome de escala nacional e internacional, ou seja, a cantora Ana Moura. Além da fadista participaram a banda de covers FH5 e o cantor de música popular, Augusto Canário. Não obstante o quanto estes artistas mobilizaram em termos de visitantes, cremos que um dos pontos altos foi a apresentação musical de cantares da raia. O projeto consiste na reinterpretação de músicas do cancioneiro popular, não apenas da raia beirã, mas desde Galiza ao Algarve. Assente no conceito de residência artística, o elenco contou com vários músicos de Penamacor, dos concelhos vizinhos (Fundão), e de Valverde Del Fresno, em Espanha, com uma artista a dar voz ao projeto.
Para o ano haverá mais e, esperemos nós, com outras novidades.
P.S. Já tínhamos afirmado que o nosso projeto vai em busca da saúde de todos. Estivemos em contacto com a LPCC e deixamos algumas sugestões, nas quais poderíamos colaborar futuramente para contribuir com o bem-estar de doentes oncológicos ou em campanhas de prevenção, através dos nossos banhos de floresta. Veremos o que irá dar, mas nós estamos motivados.
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